O NATAL DE POIROT

AGATHA CHRISTIE
Editora: NOVA FRONTEIRA
Minha querida Agatha, se me permitem chamá-la assim, despertou meu pleno interesse, quando escreveu:
“Meu Querido James
Você sempre foi um de meus leitores mais fiéis e bondosos e, por isso mesmo, fiquei seriamente perturbada ao receber ser comentário crítico.
Queixou-se de que meus assassinatos estariam ficando refinados demais – na verdade, anêmicos. Demonstrou, também, o desejo de “um assassinato dos bons, violento e cheio de sangue”. Um assassinato em que não houvesse dúvida de ser um assassinato!
Pois esta é a história que escrevi especialmente para você! Espero que lhe agrade.
Com todo o carinho de sua cunhada Agatha”
Quisera eu que alguém me escrevesse um assassinato dos bons, violento e sangrento!
E nosso amigo Poirot, mais uma vez se torna responsável por investigar e desvendar o tal assassinato sangrento, acontecido no Natal da família Lee, cujo membros não se viam há mais de 20 anos.
Neste caso, é fácil concordar com: “(...) Afinal de contas, o Natal é desagradável em qualquer lugar.”
Realmente um assassinato tão sangrento que nossa autora se permitiu citar "Macbeth" (W. Shakespeare): “Quem jamais poderia imaginar que aquele velho guardasse tanto sangue dentro de si?”
Um crime se passa na mansão da família, onde somente os familiares e os serviçais estavam presentes, nenhum rastro de que o assassino tenha entrado ou saído, indicando que era de fato um crime de “sangue”, família matando família.”
Nosso detetive nos mostra que até quem não tem motivo, na verdade tem motivo para cometer o crime!
Lá se vai Poirt pôr a cabeça para funcionar, conversar com todos os envolvidos, observar evidências, coincidências, testar o ânimo dos suspeitos e como sempre, nos surpreender com um final pra lá de inesperado.
Tenho certeza absoluta que a Agatha conseguiu satisfazer seu cunhado com esta obra.
Se você gosta de uma boa investigação, entre de cabeça nesta leitura e tente parar de ler se puder!